Nadir Tati, criminologista (especializou-se em tráfico e abuso sexual de menores), consultora de imagem e designer de moda, é muito mais do que uma estilista angolana. É uma exímia contadora de histórias e estórias, encontrando inspiração na sua própria vida e na vida dos angolanos, para desenhar as suas coleções.

Porém, é na passerelle que conta a sua própria história em cinco ou dez minutos.

Uma defensora fiel das tradições e dos costumes africanos, “esta designer de moda além-fronteiras” pretende elevar a moda angolana ao mais alto nível, divulgando-a pelo mundo inteiro.

Cidadã do mundo, Nadir abraça projetos de solidariedade social que refletem o seu amor pelo próximo, pelas pessoas, sobretudo pelas crianças. Neste âmbito, trabalha com vários orfanatos e quer que a futura fundação com o seu nome, obra já em curso, se dedique à luta contra a exploração comercial e sexual de crianças.

Em 2015, estreou-se na Semana da Moda Lisboa com uma coleção inspirada “nos 40 anos de independência e de liberdade de Angola, na mulher angolana e nas heroínas”, trabalhando o conceito de “diva, mulher africana e independente”.

Em 2016, esta criadora, a principal referência no que toca à moda contemporânea angolana, que encontra inspiração nas histórias de vida, nos países onde viveu, nas suas próprias vivências, e, especialmente, nas do povo angolano, voltou a pisar as passerelles da Semana da Moda Lisboa e presenteou-nos com “Caminhos da Alma”, onde os drapeados, bordados, transparências, rendas e padrões africanos deram às suas criações aquele toque de luz que transmite alegria, cor e aconchego para dar as boas-vindas a todos aqueles que pretendem manter o coração aquecido, forte e vibrante.

Uma perfeita simbiose entre África e o resto do mundo.

O desfile contou, entre outros, com os modelos Pedro Armada, Luís Borges, Fredy Costa, Maura Faial e Marco D´Santo.

Aqui fica um pequeno registo fotográfico da magia e beleza que a arte africana pode disseminar!