LIMONCELLO | A Itália à mesa com sabor

Lisboa, onde o mar abraça o rio, é uma cidade vibrante e cool, onde desde sempre se convive com outros povos e culturas. 

É despretensiosa, iluminada pelo sol e emoldurada pelos caminhos da água.  O Rio Tejo é união, é porta Atlântica da Europa, de África e das Américas.

Como escreveu Luís de Camões no Canto II de Os Lusíadas, quando se dirigiu aos heróis portugueses que deixaram a terra firme para mostrar “novos mundos ao mundo” entre “mares nunca antes navegados”, Lisboa sempre abriu um mundo de possibilidades para as mais variadas experiências.

Um conjunto de fatores combinados – geográficos, topográficos, materiais, meteorológicos, culturais e gastronómicos, entre outros – criam um sentimento de pertença e dão à Capital luz natural que encanta poetas, pintores e fotógrafos, esparramando diversidade, conhecimentos e sabores do mundo, tornando-a singular entre as cidades europeias, o que nos concede um espírito de grande abertura ao mundo e uma atitude local diferente também.

Famosa pela gastronomia, hospitalidade, sol, claridade, cultura e lazer, que bom é viver ou visitar uma cidade com uma oferta tão diversificada!

Todavia, por mais que apreciemos e “desmontemos” a comida tipicamente portuguesa – porque gostamos, e até elogiamos o que de melhor Portugal tem – o facto é que Lisboa é uma cidade cosmopolita. E ser cosmopolita é estar aberto a outras culturas, reunindo o melhor da gastronomia portuguesa e o melhor da gastronomia internacional que está em plena exaltação. Encontramos restaurantes para todos os gostos, com ingredientes trazidos dos quatro cantos do mundo e sabores que nos fazem viajar para outros países ou continentes, sem sair da cidade.  

Se não pretende focar-se só em Portugal e prefere explorar vários continentes, vai ficar feliz por saber que Lisboa reúne vários restaurantes com opções diversificadas, onde é possível combinar os sabores de diferentes partes do mundo para uma experiência rica e deliciosa. Assim, deixo desta vez a seguinte sugestão:

Nas ruas mais boémias do Bairro Alto – bairro antigo e pitoresco que representa a Lisboa alternativa – encontramos um passaporte gastronómico com pratos tradicionais italianos!

O Ristorante Limoncello nasceu há uma década em Lisboa em ambiente confortável, simpático e acolhedor. A aventura começou na rua Nova da Trindade em 2009, com o Cozinheiro Vasco ao comando dos fogões.

Dez anos depois, após uma breve pausa, a cozinha de Vasco Monteiro invadiu o Bairro Alto e instalou-se na rua do Norte, n.º 61, em Lisboa, com a premissa de continuar a fazer da cozinha mediterrânica a alma de toda a gastronomia italiana, sem esquecer a qualidade dos Ingredientes, a Equipa e o Atendimento.

Todos os momentos são vividos intensamente, transformaram-se em felizes memórias, fruto dos temperos apurados, dos sabores mediterrânicos ancestrais, da tradição, da experiência, e dos bons momentos vividos ao longo destes anos. Esta “herança” continua no novo espaço, com ambiente familiar e acolhedor, onde se partilham sabores à boa maneira da melhor tradição italiana, e onde podemos “desmontar” os melhores sabores desta região: as famosas pastas, as pizzas artesanais, os risottos, o ossobuco, saladas e as sobremesas que proporcionam a melhor experiência gastronómica.

Os anfitriões conhecedores e dominadores da arte de bem receber e da gastronomia italiana, fazem deste spot um oásis neste bairro cosmopolita.

Decoração

É um bairro residencial, pelo que durante o dia é tranquilo, movimentado sem, no entanto, ficar lotado e desconfortável. Mas assim que o sol se põe torna-se ponto de encontro de centenas de pessoas.

Uma brisa suave envolve as noites gastronómicas: pessoas, clientes e amigos chegam de diversos locais e países, mas, os moradores do Bairro também se fazem presentes com entusiasmo e apetite devorador.

O restaurante tem um ambiente clean e sofisticado, mas simultaneamente informal e descontraído. Desfruta das características do bairro onde está inserido e de uma boa dose de ousadia e bom gosto que permitiu unir na decoração cores diferentes, objetos e mobiliário, com um certo cuidado e de acordo com as regras de harmonização existentes. Os ingredientes necessários para reinventar espaços. Louceiros pretos embutidos na parede e um Lustre Swarovski no teto do bar da sala de refeições, dão um toque especial e a decoração fica completa!

Escolher as nuances certas para decorar e criar identidade é uma ferramenta fundamental para os espaços gastronómicos. Para os restaurantes, a psicologia das cores pode ser um elemento de sucesso para o bem-estar dos clientes!

Com os móveis pretos não há erro. Eles são elegantes, atemporais e são, capazes de garantir uma certa originalidade. Embora seja uma cor com restrições, o seu uso pode traduzir um ambiente sofisticado e elegante. O preto dos louceiros além de trazer modernidade para o espaço, cria um ambiente elegante e sóbrio.

Todos nós já ouvimos que o verde está associado à tranquilidade, esperança e à saúde, além de estimular a sensação de conforto e relaxamento. A mim particularmente o verde das cadeiras transporta-me para um ambiente fresco, amplo e de serenidade.

O branco, bastante usada em ambientes minimalistas, dá um toque especial ao restaurante. Está ligado a sentimentos positivos como leveza, paz e harmonia, simbolizando a pureza e a vontade de começar de novo.

O branco das toalhas e de algumas cadeiras tornam o ambiente mais suave e simples, conferindo-lhe simplicidade e requinte.

Os tons verde e branco prevalecem no mobiliário e na decoração. Esta mescla é marcante. Uma decoração com muito bom gosto. Um espaço requintado, agradável e muito confortável.

A cumprir o propósito de servir a tradição italiana “em bom”, tem aquela aparência aprazível e acolhedora. Muito bem iluminado, com empregados que sabem aconselhar – e eu gosto disso.

A Equipa

A atmosfera é aconchegante, a gentileza e dedicação da equipa é tão grande que o Blog “A Boa Vida Persegue-me” sentiu-se em casa.

O restaurante está sob a gestão de Vasco Monteiro e Albino Correia.

Conhecem-se há muitos anos, são amigos e sócios do Restaurante Limoncello. Enquanto Vasco comanda a cozinha, Albino conduz o bar e a sala de refeições.

“Ambos decidiram mudar de rumo por uma paixão: a gastronomia/restauração”

Albino tirou uma licenciatura em direito e com uma carreira consolidada num Banco, trocou o trabalho bancário pela restauração. O gosto de Vasco pela cozinha e por cozinhar vinha dos tempos em que era emigrante na Suíça. Ao viajar pelo mundo e conhecer os sabores de diferentes regiões, deixou a paixão pela cozinha falar mais alto e passou a dedicar-se à gastronomia.

Mudaram de percurso profissional, apostaram na mudança e seguiram em frente.

Sempre preocupados com o bem-estar das pessoas, não consideram o seu espaço apenas como um restaurante de comida italiana, é um projeto, um modo de estar na vida, de fazer comida e fazer as pessoas felizes.

Vasco Monteiro e Albino Correia são apenas dois dos protagonistas. A este puzzle falta ainda juntar na cozinha, vindo da India, o Jassi Singh, na pele de aprendiz de cozinha e na Sala de Refeições Kennet Franco, o empregado de mesa que nasceu em Cabinda – Angola e veio da África do Sul.

Na Cozinha de Vasco

Na cozinha liderada pelo Vasco Monteiro, foi-se o chef e ficou o cozinheiro com “sabor & equilíbrio” que traz uma carta composta de pratos clássicos italianos e por reinterpretações.

É na cozinha que Vasco prepara criteriosamente cada ingrediente para a confeção dos seus pratos.

E deu para perceber que o Limoncello, apresenta uma cozinha bem-humorada, apetitosa, onde mais do que pratos convidativos se conjugam a simplicidade dos ingredientes portugueses com a sofisticação dos italianos e na qual o Chef de Cozinha prova que é possível e desejável agradar também o olhar.

Uma cozinha onde a tónica toma como base a vivência de Vasco Monteiro em Ticino, Suíça – a elegância italiana da Suíça – com a boa culinária italiana e a qualidade dos produtos portugueses. Com formação em cozinha italiana, feita na Suíça, à qual se acrescenta a sua criatividade e o seu gosto pelos produtos frescos da região. Os pratos foram criados a partir dos 10 anos vividos em Ticino. Como Vasco gosta muito de experimentar comidinhas aprimorou os dotes culinários, o estilo da cozinha italiana e os temperos.

Na cozinha os gestos são rápidos, precisos, sem hesitações nem atropelos. Quem entra na cozinha “Vasco e Jassi Singh” sabem ao que vão. Menos eu. Eu sei que só tive ali uma função: viver uma experiência animada como ajudante de cozinheiro e anular-me, ser espectador atento do que parece ser um “duo musical”. Apesar de intruso, aprendi com Vasco Monteiro durante uma conversa informal e bem-humorada, a preparar um Carpaccio di Manzo.

Nesta cozinha encontramos uma harmonia de sentidos despertos para os aromas, sabores, cores e um cozinheiro a brincar com os clássicos sabores italianos, mas a trabalhar os ingredientes de uma forma contemporânea. O Cozinheiro Vasco Monteiro leva à mesa do “Limoncello” sabores de outras latitudes sem nunca esquecer a qualidade e a frescura dos ingredientes nacionais.

 A cozinha de Vasco, foi almejada para promover momentos únicos à volta da mesa através da união da gastronomia italiana às pessoas. Assim, há uma clara aposta nos cinco sentidos sem que a parte gustativa e visual seja descurada.

A Desvendar a ementa Baseada no Receituário Italiano

 A ementa é de comida mediterrânica, diversificada e os pratos estão entregues à criatividade do cozinheiro.

A apresentação dos pratos é simples, mas não desvirtuada, denota uma interpretação dotada de contemporaneidade, que pode influenciar o aspeto da comida, intensificando cores, reproduzindo texturas e agradando os olhos do cliente.

Há quem faça centenas de quilómetros só para provar as propostas da ementa (que traz convívio à mesa), como o fotografo do Blog “A Boa Vida Persegue-me”.

As pizzas são deliciosas, não há como enganar. A sua massa finíssima combinada com a frescura e autenticidade dos ingredientes, fazem deste espaço um ponto de visita obrigatório para os apaixonados pela comida italiana. Não deixe de conhecer e levar à boca outras curiosidades da casa. Veja!

Primeiro come-se com os olhos, depois prova-se!

Carpaccio, Tagliatelle, Linguine, Ossobuco, Risotto Parmigiano, Pizza, Tiramisú, Panna Cotta… São alguns pratos da ementa que revelam as escolhas do Cozinheiro Vasco para traduzir o desejo de servir entradas, comidinhas e sobremesas saborosas, bem cuidadas e apelativas.

Entramos no Limoncello e uma porta se abre: “Bem-vindos”

Num restaurante que respira a aura boémia e irreverente da diversidade de quem visita o bairro alto, deixei-me envolver por um ambiente moderno e informal, e experimentei aqui momentos únicos e reconfortantes.

Quem nos recebe é o anfitrião Albino Correia, acompanhado por Kennet  Franco no serviço às mesas. A receção é perfeita. O que temos é um serviço do melhor: educados, rigorosos, conhecedores, empáticos.

Sorrisos e os primeiros olhares que, estreitam relações e trazem consigo sentimentos de harmonia, gratidão, respeito e empatia.

Mas passemos ao que verdadeiramente mais nos entusiasmou e nos trouxe a este espaço: a comida. Criativa, deliciosa e irrepreensível, preparada com produtos fresquíssimos e de qualidade.

Sentados à mesa percorremos a ementa de fio a pavio. Que por sinal é bem sugestiva para alguns retornos depois do período de confinamento. De tal forma que se consegue notar o sorriso de excitação destes comensais da “Boa Vida”.

A Gula dos Comensais da Boa Vida à Mesa do Limoncello

Ambiente aprazível, suave, servindo uma comidinha deliciosa própria para “nós, comensais da Boa Vida”, desmontarmos/degustarmos avidamente.

A frescura dos alimentos chega ao nosso prato em formato, cores, combinações audazes, simples e fiéis aos seus sabores. Contagia-nos a leveza, comer bem e de ficar bem, sem qualquer sensação de enfartamento ou barriga inchada. E como comer é cada vez mais uma experiência de todos os nossos sentidos, estarmos rodeados de um ambiente minimalista, com boa vibe e aprazível aos olhos, faz toda a diferença. Ambiente elegante e cheio de delicadeza nos detalhes, convida a ficar, sem pressas e a iniciar a degustação/”sentada” com um belíssimo aperitivo.

Uma das coisas mais tradicionais em Itália é o aperitivo. Talvez por isso a degustação no Limoncello começou por aí.

“Aperitivo à italiana é como café, é muito pessoal e sensível”

É perfeito para depois do trabalho e antes do jantar, abrandar o ritmo, para conversas informais e descontrair. O aperitivo é uma bebida destinada especificamente a estimular o apetite para desfrutar de uma refeição prolongada.

Um bom copo ao início da noite ou fim de tarde soalheira é uma das grandes recompensas que podemos receber. O Albino Correia que já conhece o casamento perfeito entre as bebidas de aperitivo e as comidas com alimentos de média intensidade, sugeriu ligações/combinações provadas e comprovadas, servindo um Prosecco.

A frescura, o sabor frutado, floral e levemente saboroso é o ideal para ser degustado como aperitivo.

… A pensar em comida, mas a começar com a bebida!

Beber de estômago vazio não é para os italianos, nem para os comensais da Boa Vida! Por isso o aperitivo refrescante foi acompanhado por “antipasti” leves. Esperava-nos uma faustosa sentada/repasto!

No Abre-Alas as Entradas/Antipasti

Para abrir o apetite, Albino Correia sugeriu 3 entradas: Bruschetta, Carpaccio di Manzo e Funghi Trifolati. Entradas que se prezem puxam pelo paladar e pelo apetite. Para serem comidas/desmontadas em doses individuais ou para partilhar.

Comi com os olhos: o aspeto dos pratos também ajuda (e muito) a atiçar o paladar. A primeira impressão é a que fica.

Preparava-me para dar uma dentada na “Bruschetta”, a torrada mais famosa de Itália, regada com azeite a gosto, envolvida com tomate, mozzarella, alcaparras e anchovas, quando o Miguel André segredou: “Nem penses dar uma beliscadela que seja antes do clique. É preciso ter o prato fotogénico.”  Deixando-me a salivar por momentos!

Depois de tudo embrulhado (tudo mastigado), sobressaiu o sabor do alho e do creme/vinagre balsâmico e a mozzarella a neutralizar/equilibrar os sabores. Manjericão, funcho e orégãos.

Estávamos distraídos quando chegou a segunda de três entradas: o Carpaccio di Manzo.

Carpaccio di Manzo, uma das sugestões de carne da ementa. São fatias finas de carne de bovino. Lombo de Vitela cru laminado, “vestido” com cogumelos, rúcula, parmesão, funcho e pimenta para a decoração. Tudo adequadamente temperado com azeite e limão para satisfazer o apetite de Miguel André.

Ao ver servida entrada nutritiva com uma boa dose de carne numa variação colorida, o fotógrafo referiu: “Frescura é a palavra que define esta entrada aprazível aos olhos. A frescura do limão, rúcula e a carne macia …  É muito impróprio para “peixívoros” e vegetarianos” – acrescentou Miguel André.

Ao ver como os seus olhinhos brilhavam, nem cheguei a desmontar a vitela laminada… Nada mais contagiante do que ver quem come bem e se delicia com o paladar nas alturas. O que não fazemos pelos amigos!!!

Segue a terceira entrada. Expliquemos: queríamos provar as entradas todas…. Desmontá-las com a mesma vontade com que comemos a primeira! “Não há problema, trago um bocado de cada”, brincou entre sorrisos Albino Correia.

A completar as entradas Funghi Trifolati. Trifolati significa “salteados” e Funghi, como todos sabem, significa cogumelos. Ou seja, desmontamos uns cogumelos salteados em molho de natas com pão torrado.

Se já era muito boa esta sensação de desmontar estas “antipastas” sugeridas pelo anfitrião, melhor ficámos quando os pratos principais apareceram.

Na Ala Principal

Nesta secção dos pratos principais atirei-me primeiro a um Rissoti/Risoto de Gambas & Rúcula com couve Trevise de querer repetir.

Risotto cremoso, cheio de sabor, cor e boa porção para saborear sem pressas. No prato desfilam as gambas, até chegar a sua vez de serem desmontadas.

Desmontei o reconfortante Rissoto de Gambas enquanto Miguel Pais e Silva, desmontava um Bife de Vaca do Lombo: Filetto Tagliato – Bife Fatiado em Azeite, aromatizado com Alecrim e que acompanhado com cogumelos, espargos e tomate, ganha ainda mais sabor.

Bem temperada, suculenta, carne tenra, saborosa e fumegante, para satisfazer o apetite deste comensal da Boa Vida! Um bom bife apaladado, é de fazer água na boca.

A faca atravessava a carne como se fosse um pudim, mas na boca há firmeza quanto basta! Entre uma garfada e outra, Miguel André deixou escapar: “Tenho desmontado bifes tenrinhos que deixam de ser bifes para serem coisas só tenrinhas. Este é tenrinho, mas é bife, é macio, saboroso e tem consistência.”

Belisco a carne de sabor intenso e no ponto. Miguel, destaca o equilíbrio do sal. Carne média, tenra. O tempero. O toque do alecrim é divinal neste prato e o azeite a rematar. Já ganhou.

Nova subida à estratosfera com o saboroso e fotogénico “Bife de Vaca do Lombo – Filetto – Bife Fatiado em Azeite e Alecrim”.

Quanto ao vinho, indispensável no acompanhamento foi servido um bom Tinto “Tecedeiros – Douro – Reserva.

Para manter a ala principal em alta, com fé e apetite, deliciamo-nos a seguir com um Ravioli Passionale, que não desilude, é um bom acerto de paladares!

De sabor suave e simples, é recheado com queijo de ovelha e pêra. A pêra dá um toque adocicado. Uma combinação inusitada. Sente-se o indelével sabor adocicado da pêra sem anular o sabor dos outros ingredientes.

Estes pequenos pasteis, confecionados com uma massa muito leve cozida a vapor, são deliciosos, sobretudo pela combinação do recheio: pêra com queijo. E desmaiados em azeite. Experimente e depois diga-me se quer ou não uns 10 no mínimo.

A combinação da intensidade salgada do queijo com o doce da pêra é uma revolução de sabores na boca.  O segredo é o equilíbrio das quantidades dos ingredientes e o tempo certo de cozedura.

“Estamos em modo de “dietas da moda não” e assim continuamos”

Ainda tivemos estômago para provar e desmontar outras duas criações: Linguine Negro, Gambas e Alho e Ossobuco com Risotto Parmigiano.

O primeiro a chegar foi um Linguine Negro, Gambas e Alho.

Combinação de ingredientes interessante. Cedi à tentação, tinha de comprovar se gostava ou não.

É tal e qual como diz o fotografo Miguel André, “um prato simples e saboroso que podemos desmontar não só nos dias especiais!”

Chega-nos primeiro pelo olhar a bonita apresentação, realçada pela mescla colorida: “Linguine Negro, Camarão e Tomate Cherry”. Para uma experiência que se quer envolvente é interessante a união do Linguine com o camarão.

A segunda criação: “Ossobuco acompanhado com Risotto Parmigiano”.

Despois do confinamento a ementa apresenta um novo prato.  Chega à mesa o Ossobuco, um prato típico da Itália, da região da Lombardia. É especial no que concerne ao sabor e ao requinte na confeção. Preparado em vinha d’alhos com sal, pimenta, alho picado, cebola, alecrim e vinho branco.

A estrela desta degustação. Nós que nem somos destas coisas de fotografar (brincadeira… somos e muito. É o nosso trabalho. Mas, não nos julguem), mas tínhamos vindo com fé (e continuávamos com espaço no estomago) e não nos arrependemos.

 Requinte e sabor: Ossobuco com Risotto Parmigiano

 Para surpreender a dupla composta por Ossobuco e Risotto Parmigiano.

Tendo em conta que a carne é muito fibrosa, o corte da carne é feito junto ao osso, na parte também conhecida de chambão e cozinhado em lume brando. O resultado é fantástico: uma carne extremamente suculenta, com um sabor único a desmontar-se/desmanchar-se na boca de tão macia.

Desmontei lentamente, com atenção aos aromas e deleite, com o paladar nas alturas a desmaiar sobre um prato de comida… sequiosamente, provei primeiro a carne e depois dei umas garfadas no risotto que o acompanhava.

Com a carne no ponto, saborosíssima, algum molho da cozedura, acompanhada de um Risotto Parmigiano.

 Os ingredientes casaram e estão a ser muito felizes. Uma história romântica. E deliciosa.

Gosto do sabor intenso da carne, de molhar o pão no molho e de sentir a carne desfiar-se sem esforço.

Todos aqueles sabores e aromas invadiram o meu paladar, as minhas neuromas dançaram de prazer, wowww… tão bom!

Deixo-vos com este prato, que em dias frios, aquece-nos não só o estômago como também nos aconchega a alma. O ossobuco é rei neste espaço. É melhor encomendar se o quiser desmontar.

“Não deixei de experimentar as sobremesas”

Se tivéssemos parado aqui, já estávamos bem, mas ainda enchemos a mesa com lambarices.

Na Ala Doce

“Há uma grande diversidade de escolha quando o assunto é a sobremesa. “De ficar de olhos em bico…”

Sem enjoos desmontei um Tiramisú, uma combinação de queijo mascarpone (batido), palitos de la reine, cacau, amareto, café. Mais viciante é impossível!

Se já ficou com água na boca, prepare-se, segure-se: isto é só o início. Para finalizar a ementa ainda propõe: Panna Cotta, Mousse de Chocolate, Souflé de Chocolate com Gelado de Baunilha.

Deixei-me envolver pelo romantismo italiano e desfrutei de uma experiência perfeita, uma bela sentada, um belo repasto…

VINHOS

Garrafeira interessante, com uma carta de vinhos a condizer com a gastronomia e doçaria. Serviço tão eficiente como simpático.

Uma experiência de jantar descontraída. O sabor encantou-nos e deixou-nos satisfeitos. Conversa-se pelo meio como se nada mais importasse. Esteve sempre tudo tranquilo e com boas energias.

A minha noite terminou com um leve sorriso de satisfação. As surpresas aconteceram de início ao fim. Valeu a pena a experiência pelas entradas, pela confeção primorosa dos pratos principais e pelas sobremesas!

Na verdade, este restaurante tem imensa pinta e se não nos esquecermos de que não temos de abrir muito os cordões à bolsa no final, a experiência será com toda a certeza uma das melhores de sempre.

Cozinha Emocional é Isto

Os Comensais da “Boa Vida” dizem: Tudo embrulhado (tudo mastigado), não é só “desmontar”, é o momento, o Limoncello pode precisar de um ou outro ajuste, mas continua a ter lugar nos restaurantes de boa comida mediterrânica para o convívio à mesa.

Celebram-se a boa gastronomia, as conversas à mesa, as boas vibes … e claro, a amizade. Com muita energia positiva onde se sente a dedicação na cozinha e o cuidado nos detalhes.

E é isso mesmo que o torna um “spot de gente feliz”, um restaurante de excelência. Para além dos pratos maravilhosos, típicos e gulosos, o espaço confortável eleva a experiência a um outro patamar. Sinta-se à vontade e vá visitar!

Há vontade de regressar!

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” (Fernando Pessoa)

Minha Tropa sem Fardas

Crédito fotográfico: Miguel André Silva

Contactos: Restaurante Limoncello

Rua do Norte, n.º 61, Lisboa

Limoncello  – 967 776 477

My Team

Agradecimento: Casa das Flores Sílvia  e Pelcor