Munido de alguns conhecimentos históricos e testemunhos pessoais, percorri a cidade pela vigorosa presença africana que invadiu diversos espaços da sociedade lisboeta. Comportamentos, cultura, gastronomia, valores, práticas que descobrimos nos quotidianos urbanos, como também as reinvenções constantes das identidades portuguesa e africanas presentes neste país.
Pretendo dar visibilidade à contribuição destes povos para a estrutura quotidiana da vida urbana lisboeta e, simultaneamente, dar oportunidade aos amigos e seguidores deste Blog de “redescobrirem a presença africana em Lisboa”.
É dar a conhecer a africanidade de Lisboa, dispersa numa pluralidade de memórias e contemporaneidade dos dias em que vivemos.
Em Arroios, uma das freguesias mais populosas de Lisboa e com muito e diversificado comércio de rua, há residentes e clientes de várias nacionalidades, com costumes distintos, a par de variadíssimas sugestões gastronómicas requintadas, de inspiração portuguesa, africana, asiática, italiana, oriental, medio oriente (Síria) entre outras.
“E será que há motivos de interesse suficientes para uma visita?”
Sem dúvida. Encontramos tantas raízes comuns como curiosos contrastes. Da lista constam restaurantes que trazem a Lisboa os melhores sabores africanos e também os portugueses, mantendo assim a união que existe entre Portugal e o Continente Africano repleto de história, não só da época colonial.
E é nesta freguesia de Lisboa que descobrimos um restaurante de gastronomia africana que divulga os saberes, os paladares e a cultura deste continente. A Moamba, prato típico de Angola, ou a Cachupa, prato Cabo-verdiano, proporcionam sentadas/repastos como manda a tradição em ambiente sempre cheio de cor, satisfação e sem pressas.
África sente-se toda vaidosa lá para os lados da Praça do Chile, em Lisboa!
Porque esta Lisboa Mulata é feita das comunidades que nela habitam, também é Cabo Verde. Os tão apreciados ritmos gastronómicos cabo-verdianos chegam-nos saborosos, suculentos e cremosos.
No restaurante FOX COFFEE, na Rua António Pedro, 173 – 177, na Praça do Chile, dizem poder provar-se a melhor Cachupa da Capital. Os Comensais da “Boa Vida” foram lá experimentar aquele toque especial do chef e uma pitada de amor pela terra dos pais!
O restaurante de comida africana e portuguesa é propriedade do Cozinheiro António, de 46 anos, mais conhecido por Tony Fox, que para além de cozinheiro é professor de fitness, modelo e empresário.
Fox, autodenomina-se como “o rei da cachupa”, já teve um espaço idêntico no bairro da Bela Vista, mas optou por encerrar e abrir este na Praça do Chile – Arroios.
O Fox Coffe restaurante tem desde Setembro de 2019 as portas abertas a quem queira matar saudades ou mesmo ficar a conhecer uma boa Cachupa. O espaço não é muito grande, mas é acolhedor, goza da luz certa durante o dia. A iluminação natural proporciona bom humor e torna o ambiente que nos envolve mais inspirador e atrativo. E quando a noite cai torna-se mais intimista, com alguns apontamentos africanos que nos remetem para uma certa tropicalidade que servem de aperitivo à ementa de pratos “mestiços” que fazem jus à origem cabo-verdiana do cozinheiro.
O restaurante tem personalidade. Duas janelas e cinco portas que dão acesso a uma sala comprida e pé direito alto, com diversas mesas e cadeiras em madeira, tal como o balcão gerando um ambiente informal e despretensioso.
As cores das paredes, bem como a iluminação, são sóbrias criando uma atmosfera acolhedora. Os diferentes candeeiros com luz quente que pendem sobre nós, as caraças/mascaras africanas nas paredes e as capas das almofadas feitas com tecido africano, são algumas das marcas deste local que lhe conferem bom ambiente, muita alma. Aqui podemos desfrutar de sonoridades tranquilas e à noite dar um pé de dança ao som de um bom semba, morna ou coladera. Ambiente sem exageros, espontâneo e cool!
Aliviado de qualquer carga negativa ou de exclusão, o conceito deste restaurante prima pela simplicidade e pretende que todos se sintam “bem-vindos” sem olhar à origem ou à cor de quem os visita e encontrem algo em comum: comida saborosa e suculenta, garrafeira nacional a combinar com a refeição e um ambiente com cores, sabores, aromas de marcada interculturalidade, unidade da língua e riqueza da diversidade gastronómica de: Angola, Cabo-verde e Portugal!
É cedo para falar sobre o amanhã pós-pandemia. Mas o que é certo é que haverá um antes, um durante e um depois.
E no durante que nos arrasa a todos, o apoio ao comércio local, ao comércio de bairro de proximidade, estimulando o setor da restauração é fundamental para o sucesso deste ramo, bastando para isso fazer o que mais gostamos de fazer: visitar restaurantes e provar os seus melhores pitéus.
“A esplanada faz toda a diferença”
Como já referi, o “Covid 19” fechou sem chaves o País e o Mundo dentro de casa e não permitiu que saíssemos durante algum tempo. Todavia, as portas foram reabrindo e a esplanada do restaurante Fox Coffee também voltou à vida.
Se até aqui o verão convidava os clientes e amigos para a esplanada, agora que a pandemia exige ar puro, ainda mais. Permite uma adaptação ao novo normal de distanciamento social.
Para um bom vinho, um café, um almoço, um lanche ou até um jantar sem pressas, ou saborear a cozinha de tacho que é a joia da coroa do Cozinheiro Fox.
Cozinha: É Nesta Divisão Que Tudo Acontece
A cozinha deve ser o ambiente mais criativo de um restaurante. É nesta divisão que tudo acontece. Os ingredientes encontram-se, misturam-se e transformam tudo em aromas e lambarices sedutoras que passeiam pela sala de refeições e estacionam na nossa “curva do bem-estar social” sem pedir licença. Instalam-se…
Neste pedaço de Cabo-Verde na Praça do Chile a “kumida di téra” exala um aroma que desperta o mais adormecido paladar.
Os tachos aquecem bons momentos e acabam com a “gula” de muitos comensais como nós, a partir de receitas saborosas preparadas e experimentadas diariamente.
É deleitoso esmerar-se na cozinha. Mas, qual a melhor forma de trazer mais inspiração para este ambiente? Não atraindo momentos de tédio! Para que o tédio não atrapalhe os bons momentos, nada melhor do que convidar os comensais da “BOA VIDA”.
Curioso, aceitei o desafio e interagi nos preparos sempre com olhar intrometido e sorriso conquistador no conforto da cozinha.
Fiquei com a sensação de estar perante aromas familiares, abri um sorriso de orelha a orelha. Mais uma das minhas aprazíveis aventuras na cozinha.
E lá fui para a cozinha para mais uma experiência gastronómica.
PRATO CONVIDADO – A MOAMBA
As cachupas do Tony Fox têm uma convidada muito especial: a Moamba de Galinha Caseira.
Preparar Moamba de Galinha, sentir o cheiro do frango do campo afogado no molho do dendém (moamba) e de todos os outros ingredientes de aroma apetitoso remeteu-me para um sabor familiar.
E por momentos diminuiu a distância entre Lisboa e Cabinda – minha terra natal. Recordei histórias, sabores, pratos e da minha memória brindou-se à alegria porque a minha terra natal tem uma das gastronomias mais ricas do mundo.
Viver esta experiência despertou o melhor dos sentidos da vida e fez-me recordar as comidas de tacho da minha avó Virgínia, da minha mãe, das minhas tias Micas e Hermínia, das minhas irmãs, das minhas primas e das minhas sobrinhas/os, orientadas pelas provas de anos, em que o tempo já lhes dizia as quantidades certas dos ingredientes, temperos. Comida simples mas apurada, saborosa e confeccionada com amor. Porque a cozinha tem de ter amor.
“A mestiçagem é aqui sinónimo de pluralidade”
O homem responsável pela cozinha do restaurante Tony, é natural de Lisboa, com origem africana, de Cabo Verde.
Com raízes africanas, a ementa desperta curiosidade com a variedade de cachupas entre outros pratos da terra quente. Fox é a tradução do amor pela cozinha.
“Quando os sabores, os ingredientes, tachos e panelas trocam de país”
Cada vez mais, “ingredientes, tachos e panelas” trocam de país e rumam para outras paragens para conquistarem com a sua autenticidade novos paladares. Não há limites para a criação e/ou reinvenção de pratos. Basta que os ingredientes se acomodem bem entre si.
É o caso de Tony, que fez questão de incluir no cardápio algumas receitas da sua mãe, como os Pasteis de Atum, Cachupa Rica, Cachupa Refogada ou Cachupa de Peixe (Atum), de Cabo Verde. Mas há igualmente opções como a Moamba de Galinha de Angola ou Bife da Vazia/Bitoque a pensar nos petizes. Outras de sua autoria como a Cachupa de Frango caseiro, Cachupa Vegetariana e a Cachupa de Bacalhau (contribuição portuguesa para a “mestiçagem gastronómica”) são as estrelas deste espaço – Pratos miscigenados que resultam de diferentes ingredientes.
Nunca é demais dizê-lo, a mestiçagem é aqui sinónimo de pluralidade, de diversidade, de acrescento e de reinvenção: reinventar a gastronomia tradicional quer seja cabo-verdiana quer seja portuguesa.
A última novidade da ementa tem sido um sucesso entre os clientes – Cachupa de Bacalhau. A ideia surgiu de Tony Fox.
Tem como base a receita da Cachupa tradicional, tendo só substituído as carnes e os enchidos por Bacalhau. Uma sensação gastronómica que mais parece uma fusão cultural contemporânea entre cachupas cabo-verdianas e o bacalhau guisado português.
Cozinha Mestiça: gastronomia contemporânea em clima caseiro
“A Gastronomia crioula” reinventa-se para mostrar que não é só Cachupa Rica, Cachupa de Peixe e Cachupa Refogada”, Djagacida (farinha de milho muito temperada, acompanhada de manteiga de garrafa, arroz, feijão e algum peixe), Moreia Frita, ou Cuscuz.
Falar de gastronomia cabo-verdiana é também associar pratos como a Catchupa/Cachupa, preparada com muitas variedades de carne, enchidos, milho, feijão, hortaliças, completados ou não com batata-doce e mandioca, a uma nova geração de cozinheiros que quer reinventar a culinária local, nesta cosmopolita “Lisboa Mulata”.
É o caso do ‘Cozinheiro’ Tony Fox, que está à frente da cozinha do seu restaurante Fox Coffee – O Rei da Cachupa, onde são preparados diariamente pratos baseados na gastronomia tradicional cabo-verdiana, mas com um toque de modernidade.
A mistura entre a simplicidade da cozinha tradicional confecionada por imigrantes e a tradicional portuguesa é um bom motivo para fazermos um exercício e questionarmos qual a importância do que os imigrantes trazem para Portugal? Que valores acrescentam ao país de acolhimento?
De que maneira a cultura de origem dos pais integra o quotidiano dos filhos de imigrantes nascidos em Portugal? É pertinente analisar o impacto desta transmissão cultural na construção identitária.
Na encruzilhada familiar e social em contexto migratório, os progenitores de Tony não só transmitiram a identidade, a componente cultural africana, como respeitam as vivências dos filhos nascidos em Portugal, que não conheceram outra cultura que não seja a portuguesa.
Os resultados evidenciam que Tony, o “cozinheiro”, se tem diferenciado na gastronomia por revelar produções que valorizam os costumes culinários do país onde nasceu e a região dos seus pais. Vive a situação de dupla cultura como valor a preservar e inscreve-se mais facilmente na vida do país de imigração dos pais, quando a cultura de origem deles (Tony já nasceu em Portugal) está presente no quotidiano da sua educação em paralelo com a do país de acolhimento.
Que se vai consolidando a partir da cooperação dos povos e culturas oriundos dos dois espaços geográficos Portugal/ Cabo Verde.
A transmissão cultural plena, transparente sem distorções entre pais e filhos é uma das chaves do processo de imigração na construção das identidades do imigrante e de seus descendentes.
“Meu encontro com Tony Fox na Praça do Chile”
Num ambiente tranquilo, cool e cosmopolita a conversa com Tony flutuava no cruzamento entre o continente africano, sobretudo entre Cabo-Verde e Portugal. Escutava-o com atenção e respeito pela mistura das vivências crioulas e portuguesas do Cozinheiro/Modelo.
“Com um pé na cozinha e outro nas mesas”
Tony revelou grande intimidade com os tachos. Trabalha no fogão e sempre que pode vem às mesas conversar com os clientes, onde chega comida simples e de conforto. Fala de gastronomia com entusiasmo, e conta-nos que se levanta cedo para preparar as cachupas.
Com uma textura espessa e cremosa, quente e saciante, a preparação pode ser um autêntico ritual, que começa de véspera com o milho e feijões a relaxarem em água fria. Carnes, enchidos, hortaliça, batata-doce e mandioca, são outros ingredientes que dão vida a este prato crioulo.
Tony acredita que a comida e diversidade cultural são o mais importante e apresenta-nos pratos que existem desde sempre, mas que foram aprimorados e/ou reinventados.
“Este é o nosso melhor momento e temos de o aproveitar: Sabores de África – A Cozinha de Intensidades à Mesa dos Comensais da Boa Vida”
Antes de começar o desfile das cachupas, picamos o Couvert composto de paté de bacalhau, sardinha e azeitonas, seguido de um “amuse-bouche”, um Pastel de Milho recheado com atum para apaladar e preparar o estômago para a refeição.
A cachupa identifica os cabo-verdianos em qualquer parte do mundo. É considerada por muitos a verdadeira iguaria, a estrela principal, todavia há muito que foi adotada por outros países da lusofonia, fazendo cada vez mais parte da ementa dos portugueses e de outros povos que convivem com a diáspora cabo-verdiana.
As várias cachupas compostas pelos mais variados ingredientes são as responsáveis por promover os melhores e mais demorados convívios em atmosferas de união, alegria e boa disposição.
A comida colorida, cheia de sabor, cheiros maravilhosos, cheias de histórias e no ponto certo de cozedura não foram empratados.
“Viagem pelas CACHUPAS que confortam”
As cachupas de Frango do Campo, Rica e de Bacalhau chegaram à mesa pela mão de Toni Fox que nos ofereceu um “Cabo Verde” embrulhado em “Tachinhos”. Comida confortável, confeccionada com esmero, com paixão por quem nos serve com tanto bem-querer.
Fez-se valer da sua formação de PT de Fitness para dizer que era a dose certa (a quantidade contida no tachinho), precisamente aquela que o organismo necessita, para a valorização do bem-estar físico e de um estilo saudável de vida (a pôr em prática as recomendações de professor de fitness).
Tachinhos fumegantes são colocados em cima da mesa, à nossa frente. Moamba e Cachupas trazem calor e ritmo, enviando-nos imediatamente para uma “sentada” entre barulhos e silêncios onde sempre se fez presente. Enchemos os olhos…
“A refeição começou com Cachupa de Frango do Campo”
A experiencia de sabores apurados que nos levou para o cenário de “sentadas caseiras” começou com a Cachupa de Frango. Primorosos nacos de frango do campo, relaxados entre o milho, o feijão, os legumes, chegaram à mesa. Cada “conviva” da Boa Vida serviu-se, à vez, desta suculenta iguaria. Primeiro comemos com os olhos e depois “desmontamos” sem pestanejar. Existe um risco real de se viciar com a Cachupa de Frango.
Os sabores de frango caseiro e enchidos misturados com legumes, feijão e milho tornam-se ainda mais viciantes, sobretudo quando são acrescentadas a batata-doce e a mandioca. Pedaços grandes e suculentos de frango são cozidos no caldo base até que a carne se desprenda dos ossos de tão macia. Aproveite até a última gota com um pouco de pão ou com arroz branco.
Os sabores de África, esta cozinha de intensidades, seguiram com a Cachupa Rica.
Prosseguiu com a Cachupa Rica um misto de vários tipos de carne, cozidas num maravilho e complexo caldo, com feijão, e feijoca.
Porções de legumes, milho e feijão são gentilmente colocados diante dos meus sentidos, numa mistura entrelaçada com legumes completados com batata-doce e mandioca.
Com uma textura espessa e cremosa, quente e saciante, a Cachupa Rica é, por excelência, uma comida reconfortante! Com um aroma agradável, este prato servido um pouco por todo o mundo consiste geralmente num molho preparado com carnes de porco, vaca, frango, enchidos, hortaliças, feijão e milho, mas cada país dá o seu toque especial. Cabo-verde tem o crédito da criação deste prato apetitoso, mas os europeus e não só, gostaram tanto que já o adotaram!
Mais simples do que as anteriores, mas não menos saborosa, o restaurante serviu para finalizar: Cachupa de Bacalhau.
“CACHUPA DE BACALHAU – QUANDO AS NOSSAS/MINHAS PALAVRAS DE BACALHAU TÊM SABOR DE CACHUPA”
A cozinha de fusão faz o encontro de ingredientes e técnicas culinárias e por vezes criam-se novas receitas.
A ideia é fazer uma fusão com aquilo que é tradicional de Cabo Verde elevado a outro patamar, elevando o produto. É isso que Tony Fox está a fazer aqui em Lisboa, onde o fiel amigo dos portugueses surge reinventado numa proposta original e diferenciadora: Cachupa de Bacalhau. Uma sugestão deliciosa.
“Com paixão se cria e se reinventa um prato novo, uma nova viagem gustativa”
“Cachupa de Bacalhau”: estranham-se as palavras, todavia a comida entranha-se.
É preciso senti-la, degustá-la e experimentar a sensação. Muito cremosa, sabor suave, pouco intensa. Sente-se a suculência, o sabor a mar do bacalhau, a textura dos feijões, milho e legumes que combinam muito bem com o bacalhau. Ficam na memória.
O bacalhau é um ingrediente de fusão. Misturado com os temperos de cabo-verde.
O Miguel André Pais e Silva confessa que a sua desgraça está nos apetites “glutões” e simultaneamente delicadíssimos, que se limitam às subtilezas do bacalhau, às texturas, cremosas, suculentas e aromas das cachupas e moambas. Diferentes ingredientes que se encontram para oferecer momentos saborosos e sibarita!
Enquanto fotografava encheu os olhos comendo com os olhos. Tentou não babar. Mergulhou fundo… “nham, nham”. Lambuzou-se com as cachupas e com a Moamba. Para depois ficar a jiboiar.
Pareceu-me ouvi-lo sussurrar as palavras de uma velha canção: “(…) Sodade sodade. Sodade. Dess nha terra são Nicolau. Si bo ‘screve’ me ‘M tá ‘screve be. Si bo ‘squece me ‘M tá ‘squece be. Até dia Qui bo voltà. Sodade sodade. Sodade”
Faça check-in no Fox, e, experimente as Cachupas do Tony!
Gosto de ver quando se aperfeiçoa, se reinventa e se inova. Inspirar. Beber influências, conhecer, absorver boas vibes e sobretudo encontrar-se entre tachos, panelas e ingredientes do mundo.
Mas fiquei com vontade de experimentar outros pratos, como a Cachupa Refogada: milho, feijão, hortaliças, ovo estrelado e linguiça. Cozinhado em lume brando até ficar bem apurado, o aroma de fazer água na boca é disseminado por todos cantos.
Estamos sentados a comer um prato de Cachupa e a olhar com alguma inveja para o que, noutras mesas, parece ser uma Moamba de Galinha. Valha-nos Deus, “Moamba na Cachupa”!!!!
As sobremesas
Juntas e sem distinções aparecem as sobremesas.
Para refrescar e adoçar a boca no final da refeição, peça as sobremesas: Cheesecake de Frutos e de Limão.
A Garrafeira
Para acompanhar estas propostas, a carta de vinhos faz-se, sobretudo, de vinhos mais encorpados para combinarem com este tipo de comida mais condimentado, apurado.
Esta Lisboa Mulata não se deixa confinar pelas balizas lusófonas e para o festival das Cachupas e Moamba de Galinha foi servido Vinho Quinta das Cerejeiras – Grande Reserva – Companhia Agrícola do Sanguinhal, Lda – Óbidos. 0.
A EQUIPA ALIADA À DIVERSIDDE
A equipa também é marcada pela diversidade de nacionalidade: Portugal, Brasil, Bangladesh. O importante para Tony Fox é o perfil dos trabalhadores… e são todos bem-vindos.
É na diversidade de conceitos que encontra a motivação para continuar, são referências em que se inspira para criar os seus pratos.
Os trabalhadores e o restaurante têm no seu ADN uma dinâmica que, adianta o empresário, é a única forma de alcançar a complementaridade em todos os serviços, adequando-os à necessidade dos clientes.
Na cozinha, entre tachos e panelas, Tony Fox, Mohammad Abdullah (MEGH) e Redwan.
Na Sala de Refeições a dar as boas-vindas a Gabriela Soares do Paraná do Brasil. No Bar o Diogo Ferreira.
Neste ponto de encontro de sabores angolanos, cabo-verdianos e portugueses, com toque caseiro, o ‘bem receber’ é também uma das preocupações e prioridades que aliados aos “Pitéus” e aos aromas da cozinha, servem para satisfazer as necessidades dos clientes da melhor forma.
Tony Fox refere, orgulhosamente, que “quem entra neste espaço, sente que tudo foi pensado. A comida, a decoração, a música, tudo é idealizado ao pormenor para que as pessoas se sintam bem. Prova disso, são os clientes que voltam e que avaliam o serviço nas diversas plataformas digitais”.
Pode ainda provar os sabores de inspiração africana do Fox Coffee, no conforto da sua casa, através Uber Eats.
Contacto:
Restaurante: FOX COFFEE “O Rei da Cachupa”
Rua António pedro, 173-177, 1000-038 Praça do Chile. Lisboa
Telefone: +351925 379 616
Créditos Fotográficos: Miguel Pais e Silva
Agradecimentos: Pelcor