A arte é de todos e para todos!
Termina um ano, logo outro começa e a capacidade de a arte nos surpreender não muda nunca, elevando os artistas plásticos a um outro patamar dentro do mercado da arte. Pensando nisso. E nesta procura contínua de obras plásticas espalhadas pelo mundo, hoje trago mais um daqueles trabalhos que nos fazem pensar que ser criativo é inovar, é criar, é ser autêntico, é marcar um estilo.
Conheci a Ildebranda Martins, que além de ser artista plástica, é curadora, na Galeria de Beltrão Coelho, numa mostra de arte da artista plástica Filomena Morim. Começou ali uma subtil descoberta ligada ao mundo das artes. Não sabia do seu gosto pelas artes ou por qualquer outra destreza – mais tarde, vi alguns trabalhos seus e resolvi desafia-la para expor na Galeria da Boa Vida!
“Sou a soma de várias experiências e cruzamentos sociais, também uma coletânea de várias camadas temporais de personalidade e uma compilação de diversos acontecimentos cronológicos, definitivamente uma manta de retalhos em que cada pedaço de mim corresponde a diferentes influências culturais, políticas, espirituais. A minha arte reflete estas mutações, movimentos, evoluções e retrocessos. Sou um puzzle de peças soltas aparentemente sem sentido e padrão, desigual entre cada peça”.
Resumo Biográfico
Ildebranda Martins nasceu em Angola em 1965. Em 1990, já com espaço suficiente para criar um atelier, começou a dedicar-se mais à pintura. Em 1995, fez as suas primeiras exposições individuais, que depois alargou para coletivas.
Desde da abertura da Galeria de Arte Beltrão Coelho em 2015 que profissional e artisticamente está ligada à arte, tendo-se tornado a face mais visível deste espaço de responsabilidade social. De momento, para além do projeto da Galeria Beltrão Coelho, onde é curadora, participa como artista em exposições individuais e em projetos coletivos de grupos como os das “Mulheres com Arte” e do “Universo Africano” e sempre que possível em Bienais de Arte a nível nacional.
Movimento Estético
A sua produção artística espraia-se por diferentes estilos. As últimas criações, muitas delas instalações, assentam em manequins sobre os quais foram aplicadas peças diversas do dia-a-dia.
Provavelmente, devido à pratica da reciclagem na construção dessas obras, podemos identifica-las, pelo menos parcialmente, como criações típicas do movimento artístico da ”Arte Povera”.
Statment
“A vida é uma estrada onde procuramos caminhar com algum sentido, tendo como bússola as tarefas para cumprir, ideias para sustentar, conceitos a contruir, pensamentos a alimentar. No caminho cruzamo-nos com muitas pessoas, de influências e estruturas morais diferentes das nossas, que podem servir de base para novas experiências essenciais à mutação. As mudanças são sempre bem-vindas e não são sinónimo de vulnerabilidade quando assentes em diálogos interiores e reflexos de momentos de introspeção, quando fruto de um pensamento profundo e equilibrado. Ter sentido critico é importante neste processo de interiorização porque nos mantem seletivos em relação ao material intelectual recebido, mas também devemos manter a mente aberta e recetiva a novos correntes de pensamento e maneiras diferentes de estar na vida. Estar inserida num coletivo obriga-nos a estar atentos. Só assim a mudança surge, a evolução acontece e nos tornamos seres mais completos. Não é preciso acertar os passos e alterar o ritmo, mas devemos estar preparados para eventualidade de termos essa necessidade.”
Cruzamentos na estrada da vida
Obra
O seu percurso artístico conta com mais de 25 exposições que se encontram representadas em várias coleções públicas:
Seleção de exposições individuais
- Bar Inda a Noite é uma Criança – Lisboa
- Galeria de Arte Camarro – Barreiro
- Centro cultural Malaposta – Olival Basto- Odivelas
- Câmara Mmunicipal da Lourinhã
- Casa do Alentejo – lisboa
- Livraria Ler Devagar – Manchas de Tinta – LX Factory em Lisboa
- Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe em Santa Iria da Azoia
- Galeria da Livraria Barata – Lisboa
- Galeria da Boutique Cultura – Carnide em Lisboa
- Galeria da Casa da Juventude de Odivelas
- Galeria do Centro Cultural do Crédito Agrícola – Lisboa
- Espaço Cultural e Expositivo do Ministério da Justiça em Lisboa
- Centro de Exposições de Odivelas
Seleção de exposições coletivas
- Bienal Internacional de Artes “On Europe” no Montijo – 2008
- Bienal de Arte da Festa do Avante 2011-2015
- Alcarte – Alcochete
Preços sob consulta
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